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Baseado em material da Sociedade Brasileira de Ortodontia - SBO
Um especialista em ortodontia é um profissional que, após ser graduado como cirurgião-dentista, fez um curso de pós-graduação em Ortodontia em nível de especialização, mestrado ou doutorado (com, no mínimo, 2000 horas/aula) e possui treinamento específico para diagnosticar e tratar pacientes portadores de desarmonias dento-faciais.
O ideal é que a primeira avaliação do paciente seja feita em torno dos 7 anos de idade. O exame precoce de uma criança permite que o ortodontista avalie e detecte problemas ortodônticos, e planeje algum tipo de intervenção, se necessário naquele momento. Caso contrário, ele orientará os pais para retornarem numa outra época para um novo exame, ou até mesmo para iniciar o tratamento ortodôntico corretivo. A criança que está sendo acompanhada por um odontopediatra pode ser encaminhada para o ortodontista a qualquer momento, desde que o profissional observe alguma alteração na dentição que mereça maior atenção. Raramente alguma intervenção é realizada antes dos 4 anos de idade, pela falta de maturidade e colaboração da criança com os procedimentos clínicos.
Problemas ortodônticos, tanto dentários como esqueléticos, podem ter origem hereditária, ou seja, serem transmitidos de pais para filhos. O tamanho dos ossos maxilares e o tamanho dos dentes são típicas influências familiares herdadas.
Outro grupo de problemas são os adquiridos durante a vida do individuo, pela sucção da chupeta, dos dedos, por problemas respiratórios, cáries dentais, perda de dentes, traumatismo etc... A interação destes problemas exige um diagnóstico, planejamento e tratamento minucioso, pois o que a primeira vista parece ser de simples abordagem, pode, se mal planejado, tornar-se uma questão de extrema dificuldade futura.
Se durante o exame da criança, o ortodontista detectar algum problema que exija intervenção imediata, estará indicado um tratamento interceptativo. Esse tipo abordagem pode alcançar resultados que não seriam possíveis após o término do crescimento da face, e seu objetivo é diminuir a gravidade do problema, reduzindo a complexidade do futuro tratamento corretivo.
• Possibilitar a eliminação de hábitos de sucção de dedo ou chupeta, hábitos de interposição de língua e hábitos de postura de lábios
• Permitir o desenvolvimento normal da fala
• Avaliar a existência de problemas respiratórios que possam afetar o crescimento da face
• Corrigir mordidas cruzadas que estejam presentes
• Garantir que os dentes se relacionem de maneira adequada durante a mastigação e a deglutição.
• Melhorar a auto-estima do paciente
• Evitar a fratura ou perda de dentes anteriores que estejam muito projetados
Em algumas situações, o ortodontista precisa solicitar extrações dentárias para obter uma oclusão estável e boa harmonia facial. Normalmente, extrações de dentes permanentes são solicitadas quando existe falta de espaço para o correto alinhamento dos dentes e/ou quando os dentes anteriores apresentam-se muito projetados (inclinados para frente), comprometendo o selamento dos lábios e a beleza da face.
É um tratamento que exige a integração da Ortodontia com a Cirurgia Ortognática. Normalmente, é indicado para o tratamento de discrepâncias oclusais severas, envolvendo problemas de origem óssea, onde a movimentação dos dentes é inviável ou insuficiente para resolver as desarmonias dento-faciais. O papel do ortodontista nesses casos é preparar a posição dos dentes para permitir a movimentação óssea a ser realizada posteriormente, pelo cirurgião. É necessário que haja excelente interação entre os dois especialistas.
O tratamento ortodôntico, usualmente, consome um período de 18 a 36 meses. Em alguns casos, ele poderá terminar antes e em outros poderá levar mais tempo do que o previsto inicialmente. O tempo total de tratamento depende da severidade do problema original, da idade do paciente, da presença e características do crescimento dos ossos da face, da necessidade de extrações dentárias, e do grau de cooperação de cada individuo.
Após a finalização de toda e qualquer movimentação ortodôntica, existe a necessidade do uso de aparelhos de contenção por um tempo determinado, para assegurar a estabilidade dos resultados. Esta fase, tão importante quando a fase ativa do tratamento, é necessária para que os tecidos de suporte, principalmente as fibras colágenas gengivais, se adaptem às mudanças realizadas na posição dos dentes. A contenção pode ser feita com aparelhos removíveis ou fixos (estes últimos colados na parte interna dos dentes). A colaboração do paciente é fundamental no que se refere aos cuidados com o uso e higienização dos aparelhos, e com a assiduidade às consultas para ajustes dos mesmos. Normalmente, a contenção usada para os dentes superiores é utilizada por uma período de 2 anos, enquanto recomenda-se que a barra inter-caninos colada nos dentes inferiores, necessite ficar durante um período maior, na maioria das vezes, para o resto da vida.
Sabendo-se que a estética é um fator de grande importância para as pessoas, o tratamento com a Ortodontia Lingual possibilita a colagem do aparelho fixo no lado interno dos dentes. Esta técnica é indicada, principalmente, para pacientes adultos e preocupados em sorrir sem que o aparelho apareça. Porém deve-se lembrar que existem alguns inconvenientes como: maior dificuldade na higienização oral (especialmente dos sulcos gengivais), além da possibilidade de se necessitar de maior tempo de tratamento e de se obter resultados inferiores no que diz respeito ao controle refinado da movimentação dentária.
Normalmente não. Estes problemas só ocorrem nos pacientes que negligenciam a higiene bucal durante o tratamento. Todos os pacientes recebem instruções sobre como fazer a limpeza dos dentes e do aparelho, assim como orientação para manter uma alimentação adequada durante o uso dos aparelhos.
Sim. Desde que haja saúde gengival e nas estrutura de suporte dos dentes, o tratamento ortodôntico pode ser feito em qualquer idade. A principal diferença entre o tratamento de adultos e crianças/adolescentes é o fato do adulto não apresentar mais crescimento ósseo, o que limita as possibilidades de correção de alguns problemas. Nos adultos, as discrepâncias significativas das bases ósseas, normalmente, precisam ser corrigidas com cirurgia ortognática.